Assunto: lllllllllllllllllllllllllllllllllllll Qua Out 16, 2013 12:03 pm
O Fim de uma ERA
Mais um inverno se iniciava por entre o mundo mortal. Poucos campistas se manteriam ali presente, muitos seguiriam para sua vidas “normais” onde voltariam aos seus afazeres e se uniriam a um "circulo familiar". O Acampamento se encontrava inerte numa calmaria sem fim, os Deuses, sejam eles menores ou olímpicos, já não contatavam seus filhos no decorrer desses três anos, as poucas vezes que o fizeram suas visitas avisaram sobre os preparativos de uma guerra. A terra provavelmente fora abandonada pelas imagens divinas, seus filhos já começavam a ficar desolados, desacreditados, temendo o pior vindo de seus parentes imortais. Quíron reunira mais uma vez o conselho de guerra avisando-os das poucas informações que obteve, incentivando os campistas a prosseguirem seus treinamentos, esperando o chamado. O velho centauro não parecera muito satisfeito com as decisões dos Deuses, parecia estar começando a questiona-los.
As duvidas, os medos e as indecisões, do velho centauro já estavam a pairar sobre a mente de seus campistas e criaturas que residiam no acampamento, até mesmo os conselheiros sênior já se perguntavam se realmente existia um perigo real a ser combatido, se eles ainda eram uteis aos deuses ou eram cartas fora do baralho.
A hora do jantar estava se aproximando rapidamente naquele ultimo dia de verão, o dia que se seguiria era também quando a grande maioria dos campistas seguiria seu rumo ao mundo mortal, aventurando-se entre a nevoa utilizada para ocultar os monstros de meros mortais. Os sorrisos eram impossíveis de não se perceber, pareciam estar envolvidos em um alivio, à volta ao mundo mortal, o simples suspense sobre o fato de uma aventura, por menor que seja já despertava algo a mais entre os heróis. Todos adorariam se afastar do acampamento meio sangue e daquela possível futura guerra, onde talvez nem fossem uteis. Seus pais os abandonaram, este era o pensamento que predominava entre todos.
Por entre as mesas do jantar o desanimo fora substituído por animação, até mesmo aqueles que recém completavam seu primeiro ano de acampamento desejavam um pouco de ação. Quiron não podia culpa-los, levantou-se e então de costume fizera o seus poucos anuncio "Mais um dia campistas, e os Deuses novamente não deram respostas", por entre a face dos campistas o animo fora se desfazendo, a fome já não parecia mais afeta-los.
Pouco a pouco os grupos levantavam-se, seguindo para o braseiro, suas chamas então parecera não emitir mais calor. Um ar frio, tenebroso, envolvera os campistas e o refeitório, sátiros assim como ninfas correram como se suas vidas estive-se sobre risco, as chamas do braseiro foram então extintas, deixando apenas vestígios de cinzas. Muitos campistas sacaram suas armas, congelando apos o movimento, por fim uma chama azulada reacendeu entre as cinzas do braseiro, estas chamas já tomavam forma quando campistas começaram a percebê-la.
Um rapaz de pouca idade estava flutuando em postura ereta sobre o braseiro, formando-se dos vestígios do fogo. Pouco a pouco assumindo forma, sua pele era esbranquiçada, pálida e sem vida, seus olhos mantinham-se no mesmo padrão, como se a força já não o acompanha-se. Seus cabelos pareciam ralos, quebradiço e também esbranquiçado e sem vida, deixando evidente a fraqueza do ser que possivelmente não conseguira suportar o peso imposto por seu corpo.
Tártaros - Murmurou um dos filhos de Thanatos que se encontrava na mesa dos filhos de Hermes, Quiron movimentando as mãos sobre os olhos, desacreditadas, mantendo silencio. O senhor era um deus primordial, ele emana uma própria atmosfera, porem estava tão fraco que parecia não sustentar o próprio corpo, como? Boatos se alastraram entre as mesas, já não avia mais silencio, o deus varria a multidão com os olhos, procurando algo, sua voz fora então ouvida. – Respeito eu exige-o - Os pensamentos que todos os campistas partilhavam sobre a imagem do homem, parecera ter sido partilhado também como deus, ele se encontrava ofendido.
As comidas sobre a mesa já não se encontravam lá. Assim como talheres, as mesas estavam vazias. O filho de Thanatos fora o primeiro a se levantar e reverenciar o deus seguido de Quiron, outros campistas repetiram o gesto, logo não avia um herói com o olhar direcionado contra o deus. Tártaro disse com aquela voz rouca, deixando sua fraqueza ser transpassada – Estou fraco, vocês notam. Estou sendo imposta a vontade de seus pais, aprisionando monstros e titãs. Caos levantasse desejando meu trono, meu poder, e não me restara muitas opções a nãos ser recorrer a heróis. Mas entendam Heróis, não fora de bom grado essa minha atitude. - Quiron movimentou-se atrás do Deus, olhando-o diretamente - Lord Tártaros, Caos não poderia ser parado por um poder mortal, ele é mais poderoso que os Deuses, ele é... - Sua fala não pode ser terminada, pois logo interrompida - Quatro serão escolhidos meu velho amigo centauro, os Olímpicos nos virarão as costas, insultando-nos e aproveitando-se de nossa fraqueza, atacando-nos e querendo para si nossos tronos. -.
Os filhos de Ares então se levantaram, ergueram suas espadas e gritaram - Devemos apoiar nosso pai. - Tártaro os observou. - Apoiar aqueles que os abandonaram por mais poder? Apoiar a guerra. Ares têm filhos sem juízo. - Os semideuses deixaram a fúria tomar seus olhos, mas algo os impedia de se mover, seria medo? Tártaro prosseguiu - Seus filhos são nossa esperança, mas eles devem nos ajudar de bom grado - Todos se olharam. - Somos seu mundo, negar que nosso problema não envolve a vocês, seria uma atitude tola, pois sem mim e meus irmãos, o que vocês conhecem desaparecera - O senhor estremeceu - Eu enviarei auxilio aos meus eleitos, mas até lá, preparem-se todos - Logo Tártaros se desfazia em chamas, como se nunca teve-se estado ali presente, os campistas se encontravam sentados como se nada houve-se os tirado de seus lugares, suas refeições ainda estavam servidas sobre a mesa... mas todos partilhavam de um pensamento, estavam sem fome e com medo!